A Deusa de Ébano

Um dia, quando tinha por volta dos meus trinta anos, eu conheci uma linda e maravilhosa mulher, um belo exemplar de tudo que é mais lindo e perfeito. Linda, sensual, feminina, charmosa, graciosa, cheirosa, enfim tudo de bom.
Uma mulher tão especial que por mais que quisesse não conseguiria esgotar os elogios e para completar sua perfeição era negra como uma noite sem luar e sem estrelas.
Esta mulher maravilhosa passou pela minha vida por um tempo, um curto e maravilhoso espaço de tempo. Um tempo que como disse o poeta, foi eterno e infinito enquanto durou.
Com ela eu vivi momentos tórridos de desejo, sexo e paixão onde tudo se misturava com um enorme carinho. Nós nos harmonizávamos de tal forma que muitas vezes pensava que iria sucumbir em seus braços e beijos ardentes.
Como era inebriante o cheiro de sua pele, o gosto de sua boca e o seu hálito. Em cada beijo seu era como se eu estivesse me alimentando de vida, me enchendo de energia e vigor.
Ela tinha a capacidade de me fazer sentir o melhor dos amantes, o mais desejado dos homens e em seu corpo eu me entreguei e mergulhei de corpo e alma na busca do prazer.
Afirmo com toda certeza e sem medo de estar exagerando que são as negras as melhores dádivas em forma de mulher que habitam a terra.
Feliz o homem que teve a sorte de ter em seus braços uma dessas mulheres e eu fui um felizardo. Eu tive a sorte de por um tempo, um pequeno e maravilhoso espaço de tempo, ter em meus braços uma dessas “Deusas de Ébano".

Francísco Diniz.